segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A verdade

O medo é do silêncio perturbador, que por ser tão silencioso, chega a ecoar com raios, trovões e barulhos semelhantes aos do final do mundo. Que aliás, não está para acontecer, pois já foi.
Os suspiros e rangidos, não perdurarão, pois não passarão de efeitos sonoros, que se juntam para a formação de uma onda. A onda que se forma apenas de estrondos ensurdecedores e psicóticos, que entram pela porta sem bater, e invadem sua alma. E aí, ele parece. Logo em seguida, de imediato. Ele aparece e convida, de maneira admirável, e não lhe resta chance nem sequer dignidade para ser recusado. Ele ganha, é inevitável. Todavia, minh'alma não sofrera abalos, pois a mantenho presa, à sete chaves, junto de uma caixa onde guardei a minha dor, para não sentir mais nada. Ele me envolve, mas não sinto, ele procura, mas me escondo, ele me olha, mas eu minto, finjo. Eu sou atriz. Eu finjo não almejar, eu finjo sonhar, e pretendo continuar assim, ensaiando a cada instante, interpretando a cada dia, e aplaudindo a cada final extraordinário que o espetáculo sufocante e maravilhoso que a vida é, proporcionar a cada um de nós. E assim, eu poderia descansar em paz, ou simplesmente, viver toda mentira da vida novamente.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A4.19

Cultivo a cultura que corre em vermelho
Não procuro contradições
Encontro-me louca diante o desprezo
a palavras temidas escondem ações

Horas vagas assemelhadas ao frio
sobem aos ares à contemplar
E os pensamentos, incessantes vazios
Juntam-se às horas, navegam no ar

Mas que vida escura, ô lerê...
Escassa de ternura, ô lará...
Decepção, agonia, desamor
Essa dor. Vai passar?

Penetrando-se vai, o amor
Sujando de vez a tal dor
Espalhando-se vai, le pardon
Quedando-se vai, hm, l'amour!

Vou sambando, sonhando
confetiando o amar
Pois eu, modéstia à parte
nasci só prá sambar!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Um Francês

Surge, aparece, encanta
suspira, enamora-me e canta
Apareceu-me do nada
e já encontro-me enamorada.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Vou lhe contar do amor

Vou lhe contar,
o que já contei-lhe em tempos mais funestos
Vou lhe contar,
o que sinto o vento trazer por esse mar
Vou lhe contar,
que de amor, os corações estão repletos
Mas não é sempre que se sabe demonstrar
Certa vez, contei-lhe meu sofrimento
minh'alma escapuliu-se de uma vez
O vazio quedava-se em meu peito
e a dor assemelhada à morte, não continha lucidez
A cura para a dor surgiu aos poucos,
pareciam-me arrepios da paixão
enamorei-me, como os outros tolos loucos
que vivem a vida à busca da ilusão
Pobres corações ingênuos, não sabem ao que se destinaram
almejam apenas amar, sem sequer saber se já amaram
A dor que acompanha a alegria,
que de certo acabará algum dia,
cessando a incrível melodia
que faz o coração pulsar
Porventura exista um amor que venha sozinho
é veracíssimo que este perdurará
É a raridade momentânea
e enquanto não a encontro,
vivo a vida de maneira errônea,
mudando meu nome nos pontos finais
lembro de amores de outros carnavais
Disseram-me uma vez e custei a acreditar
que cura-se um amor com outro
mas agora vivo assim, sem nem o indagar
o amor é dissimulado, um desgosto
E é por isso que quando chega o amor
já preparo-me para a dor
Agora que sei a cura,
apaixono-me, impura
E vou vivendo assim,
e cá pra mim "eu faço samba e amor até mais tarde,
e tenho muito sono de manhã"
E o amar assim é pura arte
enamoro-me numa tarde em Itapuã















quinta-feira, 27 de agosto de 2009

À procura

Quero achar a palavra
que encaixa-se indefectivelmente
ao momento em que encontro-me agora
não existe palavra decente!
não existe sequer a demora!
não existe um prevalecer do tempo!
o que existe é uma mente repleta
de palavras que soltam-se ao vento!
Achei-a num canto perdida,
palavra, palavra temida!
Aquela a qual temo a dor
A palavra perdida é amor!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Antecipando o que já vem

E aquele homem de olhos verdes,
que nunca nem mirou nos olhos meus
Sabe d'minha tristeza
Mais do que qualquer amor que já me pertenceu

E agora queria ter a fortuna
de olhar-te nos olhos,
e dizer-te o que sinto
Falta-me sorte, nem eu o sei

Escrevo, escuto e canto
mas não consigo assimilar-me
Assisto, faço e atuo
e por encenar, já não sei quem sou

É sombrio e faz-me calada
pois o nem começado
deixa-me frustarada
por já soar acabado

Não deixa acabar agora
é o seu riso que me conforta
e todo dia ao levantar-me
viraria pro lado e teria seu charme

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Amor Logrado

E quem consegue enganar o amor?
Ninguém.
O amor não é enganado,
ele simplesmente chega,
chega e vai entrando,
sente-se como se fosse íntimo,
o que de certo é.
Mas hoje digo-lhe uma coisa
quando ele aqui chegar
vou logo me esconder
atrás daquele armário,
onde guardo uma lembrança
não almejo ter de novo
que entrar naquela mesma dança
e aplaudi-lo incessamente, oh amor
Mas e se ele chegar, e faltar percepção?
Sente-se num canto, e abra os olhos à paixão!
Entrementes se for notável,
vá logo se esconder,
pois o amor é reluzente
e depois do amor vem o sofrer

Se tens tempo, fuja agora
porque só tenho a temer
ele pegou-me desatenta
e de certo, irei sofrer.

Versos pobres e realistas

Se não me queres,
não me iluda com palavras
Não forje um sentimento inexistente
apenas faça o que deveras sente

domingo, 9 de agosto de 2009

O Medo de Agora

E a decepção
assemelha-se à destruição
Sozinha deixo acontecer
E mesmo que haja a droga da cura,
O suspense irá remanescer


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ausência de Ar

Que sentimento é esse,
que me atormenta tanto?
Que timbre é esse,
que suspira o espanto?
É um vazio completo que sinto,
é um breve fascínio que canto
É a beleza horrenda, não minto
encontrar-te, oh tristeza, em pranto

Miragem caluniadora!
Que belo encanto surrado!
Encontra-se nele agora,
o encantamento jurado!

As mãos entrelaçadas não o querem dizer?
E se a paixão contínua, um dia apodrecer?
Não o sei, não o posso dizer
Um dia, quem sabe, poderei entender

Venha agora, na dança da melancolia;
Deixe agora, a parte funesta da história
E às paixões inventadas, aja com euforia.
De quem um dia, amou, e guardou na memória

domingo, 21 de junho de 2009

Cidade

elevar 'regulação
trilionários contra Números
Obama vizinho US$ dará contra
crise turbina FMI prevê
diz Aproveite EUFORIA


Por Maria Carolina Guimarães e Marina Jadão Pereira

terça-feira, 2 de junho de 2009

Poderei dizer-me feliz, no dia em que finalmente não recordar sua feição.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Uma Merda Literária

Aí surge a vontade de escrever com a métrica,
mas logo em seguida, matuto, e me foge a vontade
Óh dom da métrica, não o tenho! Não tenho nem dom literário...
Penso, penso, penso, nem palavras tenho!
Mas que merda.
Sinto fome das palavras, anseio cada vez mais a liberdade,
mas que merda! Não a encontro em lugar algum!
Escuto zombidos, por não encontrar-te, óh palavra!
Venha de encontro, me pertença por um instante
Ao certo, saberei como fazê-la
mais que uma larva o faria, palavra!
Isso tudo é uma merda, não passa de um dia ridículo
Mais um, mas um dia tolo, como todos os outros
Não passa de uma vontade ainda mais tola que meus dias
vontade estupida de escrever, quando não o sei
e sei disso,
sei que não o sei.
Porque insisto?

sábado, 23 de maio de 2009

À Tona

Veja só, como tudo passou depressa
Já não me recordo de tua feição
E fique sabendo, não almejo lembrar-te
Elocumbrastes minh'alma, não és digno do perdão

Insististes na errônea
O desamor, óh desamor, um desalento
Cantastes a meloncolia desse amor
e despertastes em mim incessa dor

Me tornastes informosa, na breve escuridão
Óh me bem, calastes meus mais belos versos
E se perguntares se te amarei, gritarei à multidão
E termininarei no escuro, com seus olhos perversos

Contraditório

Menina, porque queres um Deus, 
se vives tua vida de maneira tão certa? 
Se tudo já tens, não crês que estás completa?
Porque esse tal Deus te faz tão incerta?

Menina, se o queres tanto
Dance e cante o hino ao céu
Chore, mas não fique em pranto
A melodia será doce como mel

O Deus que queres, ao certo não existe
um Deus que dance, como disse Nietzsche
É só uma loucura, incessantemente insana
e quando cantá-la, alcançará o Nirvana

Carly

Pelo ralo se foi, toda a delicadeza
toda meiguice, e de um ser, a real impureza
E no ralo, se foi, só se foi
Sem nem se quer esperar um pouco,
pra chegar nesse meu calor
que exala vida e suspiros de amor
Pelo ralo se foi, óh crueldade
É essa vida cheia de maldade
Que fazer nessa hora repleta de dor?
Sentar-me num canto, e ler a versos de amor

sexta-feira, 8 de maio de 2009

À procura de um tal coelho branco

Que hora é essa? Minha nossa!
Sento-me para um chá
Duas xícaras, uma bossa,
e palavras para se amar

Uma idéia torta,
e algumas rimas ao àvesso
entram pela mesmo porta
e isso, é um breve começo

De chá sou servida,
troca-troca de lugar
Me dá uma dor na barriga,
ver esse mundo rodar!

Perguntam-me coisas bizarras
Penso, mas logo me canso
e aquelas idéias mais claras
me encontram desperta num canto

Tudo começou com o coelho,
branco com um relógio à olhar
Mas vejo-me através de um espelho
com uma lebre e um louco à cantar

Eles vibram ao desaniversário
É insano parar pra pensar
E hoje, no meu aniversário
Eu nem quis saber de amar

Nos dias de desaniversário
eu fico tão alegre à toa
É tudo em um belo cenário
Encanto-me e a música soa!

O coelho branco passa depressa,
o meu chá, ainda nem bebi
Menina, que loucura é essa?
E essa estória, eu ainda não li.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Para Mim

E ele começou:
- Você é diferente... 
- Isso é ruim? - ela se preocupou
- Não sei... Talvez. Mas eu gosto de você assim.
- Ruim, porque não dá pra me entender?
- O bom é que não dá para entender.
- Então, porque é ruim?
- Porque você é inconstante. Isso pode fazer alguém sofrer.

Ela se calou por muito tempo, e pensou no que pensar. 
Não havia mais nada, nem no que se imaginar. 
O que ele fez não foi errado, só entregou-a à verdade. 
Ele estava embriagado, e isso não fazia parte.

Menina bizarra e esquisita, aprendeu a viver com a dor
Agora vive de uma maneira, causando ilusões de amor
Garota, mude esse jeito, senão tudo irá se escapulir
Vamos, tire essa máscara, quero o seu verdadeiro sorrir

terça-feira, 5 de maio de 2009

Encanto Musical






A música encanta por caminhos distintos,
começa na alma, e acaba por interesse puro
A música é travessa e muitas vezes traidora
ela encanta e suspira, ela espanta e fascina
Busco um meio para musicá-lo
Impossível. És a música que soa em minh'alma!
És a beleza que alegra-me, és o charme que me possui!
Soa uma nota qualquer, um Lá, um Dó, um Ré
Encanto-me por qualquer melodia
Uma obra por ti devaneada, faz-me esplendidamente fascinada!
Venha nesse barulho, caia dos tons mais altos,
Suba nessa loucura, real e de total desvairo.
Viciaram seus ouvidos à canção mais bela, fique grato
Viciaram sua alma à canção da eterna paixão, bem sensato
Viciaram seu olhar ao meu, observaram a incrível sincronia
Esqueceram apenas da essência, do principal, da melodia!
Encoste seu corpo no meu, que aí começa,
as batidas aceleram, e o pulsar é forte
Como fazer essa música parar?
Apenas a morte.

Consulta do dia 5 de maio

Tosse, tosse, tosse
garganta inflamada.
Cabeça inchada,
mente cansada.
o que será que isso é?
pergunto ao doutor e ele responde:
"É a doença do porco danado"
penso e respondo ironizando-o:
"Que nada, o porco é meu ex-namorado"
Tenho todas as paixões do mundo,
e mesmo assim,
sigo inventado-as.

Elocumbrando

Quero sentir de novo, aquele arrepio
Acho que acabou pra mim,
E certos dizem, enamora-se uma vez na vida
Quem me dera não fosse assim!

Jamais e nunca
não quero que beijem minha nuca
como é que se faz para esquecer,
um amor que de certo, nunca amou o seu ser

Vista-me como guerreira,
assim não sentirei aquela dor
porventura, ela seja passageira
fujo por temores ao amor

Surge-me cada idéia louca
Mas então deixo-a passar
Grito, por querer ficar rouca
O sei, nunca mais irei amar

Desequilibro-me ao lembrar do sofrimento
O que sinto é um desvairo, um desalento
Procuro-me em mim para arriar
Não quero jamais poder amar.

sábado, 2 de maio de 2009

Síndrome

Segue nesse ritmo, dessa canção melosa e desafinada
segue desse jeito, na poesia totalmente embriagada
Vem comigo,  que desejo! De ter-te para esquecer-te
Pois como disse antes, quero amar-te um pouco
Amar-te pouco, pois meu amor transborda enlouquecidamente
Quero amar-te pouco, pra sobrar pros outros!
Quero os outros de uma vez, quero nobres e quero reis!
Não me importa o sentido, quero amá-lo, amigo!
Um violão sem cordas, lembra-me a canção
de um amor passado, que nada dizia
Um violão desafinado, me lembra você, que não se sabe;
Não sabe mas não pára e me conquistou com o olhar
Olhou-me junto à melodia, chegou mais perto, já era dia
Só te quero dessa maneira, porque sei que não posso te ter
Mergulho na onda que segue, mergulho e passo a esquecer




quarta-feira, 29 de abril de 2009

Um Poeta Em Mim

Existe alguém em mim que desprezo,
Todavia existe alguém com quem me alegro
Fiz uma canção para o além,
e depois me vi contigo, meu bem

Ignoro minha parte lúcida
E canto sozinha à minha insanidade
quem me dera essa fosse a verdade...
Quem é o louco que aplaude à vida pútrida?

Deslizo num caminho contido de pedras
Passeio nas palavras distorcidas
Uma podridão reflete-se na mesma onde de regras
E as mesmas faces imundas, aqui, refletidas

Sonhos alucinantes de como tocar
Brisas metafóricas ensinam a imaginar
E agora nessa onda de um pensamento racional
Me vejo louca, insana, que realidade mais banal!

São Paulo

Rodeada de prédios, de gentes,
gentes de todos os tipos
Rodeada de vermes, de germes
Repleta de importúnios, de podridões
Mas sinto-me em paz
Um frio começa a subir pelo ventre
enamoro-me!
Enamore-me mais!




Naquela tarde recebi seu recado,
nada casual,
Xícara?

Não tinha nada de ver com estrelas...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Declaração

De acordo à minha filosofia,
Declaro:
Sou uma apaixonada contínua pela vida!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Algum Improvável

Leio-me em alguns de seus versos
Fascino-me na mesma melodia
Sinto o que tentas descrever
Não cessem essa incrível sinfonia

Que palavras são essas,
de mais encantadora combinação?
Um poeta armado
que vive da vida a ilusão

Fique neste mundo, menino
Continue vivendo do esplendor
Mergulhe nesses versos feridos
Especule: em mim, também há dor

terça-feira, 14 de abril de 2009

Passa tempo, passa

Rodei e girei no mundo, e me flagrei pensativa... Recordei-me de tudo que passou, e pensando bem, como é bom do jeito que está. Acordo todo santo dia e preocupo-me com o que usar, como vou estar, como vão me olhar... Procuro a paixão em sorrisos alheios! Procuro o amor em olhares passageiros! É vulgar não se apaixonar pelo mesmo diariamente, como de fato era. É delicioso se apaixonar inúmeras vezes ao dia, mesmo que pareça vulgar, não é. Se fixar em olhares que nunca mais me observarão, não importa se é homem ou mulher, SE APAIXONAR, a todo instante. Hoje, me apaixono por poemas, contos, músicas, palavras. Pois quando o natural é por todos se apaixonar, podemos nos culpar dessa vaga naturalidade. Um senso intermediário entre o amor por unidade e o amor num contexto mundial, não existe. Beije-me agora, pois o tempo passa, e logo passa outro por quem vou me apaixonar.

Livre, mas presa

Dói, porque agora me sinto viva
E, que me perdoem, mas começo a julgar-me livre
Livre do mundo, mas presa a ele
Livre do homem, e liberta da mente

Quimíco à medida que necessito
leio à medida em que me alimento
procuro até me satisfazer
vivo a vida com enorme prazer

Dê-me sua boca, suja e pútrida
Lave-a no esgoto, que ficará limpida
Deixe seu corpo próximo à cova
Para o esforço não ser preciso

Vida boa, calma, varra os cacos que deixaste
limpe minh'alma, leve meu cárcere
Assim vivo e sonho na arte
Na arte pura e gloriosa dessa paixão que não se cessa

Paixão esquisita, bizarra
não para de me enlouquecer,
me deixa insana, não me permite esquecer
e de minha parte, foi apenas o real

Enlouqueço agora na paixão permanente
apaixono-me todos os dias
sorrio a quem me enamora
vamos, sorria de volta!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Abrisólio

E aí me pego pensante
me enlouqueço no mesmo instante
Será uma loucura passageira?
Que nada, fui assim a vida inteira
E agora me encontro desperta
Me vejo apaixonada!
Que paixão mais louca!
Vida que demorei pra descobrir
Que demência de minha parte,
Que nada, isso tudo é arte
o amar à três, o amar à dois
o amar simplesmente, amar!
Vem, me ama, que eu te amo de volta
Vem, chega mais perto, se enrosca
ame aqui comigo, nesse canto, bem aqui
Me ame, e vá embora, e não regresse jamais!
Quero amar um pouco
Um pouco de ti, para sobrar para os outros
Pois a minha paixão transborda,
 e o meu amar desiquilibra-se
Tenho o mundo e um só coração
Quero amar, quero sentir, quero sonhar
A minha dor já se curou,
por eu me apaixonar!
Me apaixone diversas vezes, para o amor nunca cessar

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Desabafo Satisfeito

Nada posso,

tudo a mim é proibido

nada posso, vá embora caro amigo

Não posso nem de sua companhia usufruir

Não posso, porque de ti, nada há de fluir

Para outros, pense bem,

pois pra mim, até o mendigo o tem

Mais do que eles tem,

bem mais do que eles chamam de bens

Tem na mente, a sabedoria, que transborda

Tem na alma a delícia do viver, que aborda

Tem no sonho, mil estórias que desenrolam

no decorrer da noite e no decorrer da vida, sonham

Rolam por esquinas de uma mente perturbada

se esquivam por metades de uma rua que me assusta

Se perde, no mesmo caminho que já conhece

Depara-se então com a vida,

e a mesma melodia, segue num ritmo sinfônico

de uma alma complicada, apreendida

Segue e se esquece,

de tudo pelo que passou,

segue feliz,

é o que sei.


Cura

Só se cura um amor com outro
Por isso, permita-me amar outro corpo
Venha de encontro com o que penso
Outro alguém, futuro alento

Deixe-me amar aquele outro,
deixe-me curar esse desgosto.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Versinhos pobres de desilusão

e aquela vontade de sentir seu corpo perto do meu, não vai passar
e a saudade de te chamar de meu, só vai durar
até que um dia, um outro alguém eu achar
e finalmente, por esse alguém, eu conseguir me apaixonar

terça-feira, 31 de março de 2009

Afinal

Afinal,
não se mantêm um amor longínquo por muito tempo
Afinal,
ela é uma puta
E isso, não faz nenhum sentido

segunda-feira, 30 de março de 2009

Arte Dolosa

Um dia, um certo alguém me disse:
"A dor sentida transformada em arte, é uma dor que vale a pena"
Daí, eu fiz valer a pena

sábado, 28 de março de 2009

Não mudo minha fala

não escrevo para ti
se nada disso te agrada
sim, faço poesia perante à vida
e fodo-me toda diante o fascínio

não leia se não gosta
não julgue se não sente
não me provoque naquilo que me desperta
não me critique naquilo que não se expressa

incrível,
o sem sentir,
a frieza
a perversidade
numa pessoa só

suma daqui, desapareça
não te quero mais
suma, me esqueça
agora é pela paz! 

Temporal

estou amando novas almas
analisando novos corpos
sentindo o tempo devagar
meu coração acelerar
ah, viagem louca
quero mais, insanidade!
ah! Música alternativa, 
brisa forte na minha rima
Ah! Dê-me mais!
sentimento mentiroso
dá voltas, é doloroso
e a verdade vagabunda
vaga num pensamento esdrúxulo
fale-me como estas?
não, não quero sabê-lo
morra sem nem me notar
e esqueça que um dia louvei o nosso
agora já não te quero
já amo corpos nus de outros,
desejo olhares de estranhos
almejo carícias distintas
escuto arranjos sinistros
os quais nunca me imaginei escutando
as músicas que você ouvia, apaguei-as de minha memória
perverso. perverso. Mentira
traição desiludida de uma vida de farsas
frases ecoam, como uma canção antiga
danço ritmada, mas não sei canta-la
sei a dança da vida, danço-a o tempo todo
o tempo que não passa
e você dorme.
dorme num canto secreto
de uma alma que deixei para trás
num báu, dentro de um quarto escuro e sem vida
prometa-me nunca mais me ouvir chorar
queria um acordo sanguinário
para poder prender-te em meu passado
nunca mais se quer pensar
maldito dia mediocre
chega mais perto
sinta o meu cheiro
depois vem, pro meu desespero
já passou
não foi longo
foi interminável, mas cessou
ah, bizarro tudo isso
e meu tempo impermeável
ah, calor! vontade d'água
tempo novo, suportavel
gostoso de viver
tudo novo, ansioso
delícia de saber
essa filosofia mata
pensamentos não saem daqui
escuto palavras a cada instante
sou uma pura impura
procuro apenas a cura
a cura para a dor
que já acabou
pois eu soube curá-la
já fui a outros cantos amar
vivi um pouco do que não vivi
enquanto com você me prendi
vivi no poema de um caso de dor
vivi numa alma não minha
vai, siga pensante nessa linha
quero fazê-lo entender
o que quero expressar
a dor, o sofrimento de quem já amou
gastou tempo e se perdeu,
gastou tempo, e se arrependeu
ridicularidades, machismo inexplicavel
não sei como pude tanto!
não compreendo essa minha estupidez
viver o meu intenso é o que vou fazer
viver, pra nunca mais se arrepender!

domingo, 22 de março de 2009

Pedido

Acho que espero demais das pessoas. Estou muito mal acostumada. Vida, me ensina?

domingo, 15 de março de 2009

Inevitável Explicação

Ah, não posso viver com essa dor
essa dor que faz lacremejar os meus olhos, dia após dia
dor funesta e vazia, só de pensar, me arrepia
Dor que com ela não sei o que faço
Suplico: ajudem-me!
Temo ficar sozinha, perco-me na escuridão
no vazio, tremo na mentira, acordo num porão
Escuras são as cores com as quais me encontro
sombrios são os pensamentos que tenho
Livre-me disso que predomina em minh'alma
Ah, que desejo de morte!
Que desejo mais lúcido da pútrida realidade!
Quero o real, quero o que ninguém quer
Minha vontade é dormir e não acordar mais
e sonhar sempre o mesmo sonho louco e demente
é acordar no sonho de um delinquente
Não posso julgar os outros por loucuras que possuo
Insanidades minhas, alucinações cretinas
Tire-me desse lugar! Tire-me daqui!
Não posso nem pensar!
Nem me recordo de meu prórpio olhar,
a imagem que tenho de ti, foi inventada
Eu vi tudo isso numa pintura
recordo-me, e permito-me ao castigo
Em nada posso acreditar,
nada sei, um nada eu sou
Não tenho forças para pensar
Minha boca produz palavras que nem conheço
Minha fala é protagonista do auto-desprezo
Me leve daqui! Essa realidade pertubadora!
Tire-me do que chamam de real
Quero um mundo colorido com amor
Que amor? 
Ele nem existe! Ah, fico louca
Decepção à tona, quero um lugar tranquilo
uma casinha amarela com bolinhas rosas
cheia de dor, novamente estou louca
Suplico e repito: ajudem-me!
Que mundo é esse que só o mal permite?
Ah, quero descansar, meu caro, minha cara, não importa
Vou-me embora daqui!
Podridão, não a quero!!
Vou-me embora desse inferno,
talvez para outro pior!
Não me deixe bem agora, 
agora que sinto a hora
chegando, chegando, caminha lentamente
ah, me leve com você tempo!
minutos, ironia ao vento!
Deixa! Larga disso tudo!
Quero o real, eu quero o sujo
não quero mais aqui ficar
leve-me embora, não importa o lugar
só quero a liberdade,
e no iluminismo acreditar!
Estou cega para o que há de vir
não quero ver
Não quero!
Mate-me agora, se quiser o prazer
porque se eu permanecer,
não pense em viver
Não basta estar vivo para estar vivo
Posso morrer viva
Então, deixe-me aqui
Julgue-me livre, mas sei que não sou
Ajudem-me!
E o mundo que escuto falar?
Já não o sei;

quinta-feira, 12 de março de 2009

Funesto Vazio

Tediosa semana, não passa
O relógio assemelha-se frio
Maldito tempo, hora vasta
Leve de mim o funesto vazio

A solidão num copo d'água imersa
Refletida no vago olhar
A vida me olha e depreza
Não penso e nem ouso parar

Sou filósofa, médica e poeta
Temo na medida do pensar
Incessantemente, a mente aberta
Penso para logo indagar

Invento paixões que distraem
Matuto até algum fim
E os sonhos desmancham e caem
E a tirania prevalece, mesmo assim

Me olho no espelho e vejo
Existe um outro em mim
Lápis e mente, lampejo
Porventura delíro em Manfrim

Meu nome pergunto à Rosa
vermelha, de perfume encantador
e com voz delicada e tenebrosa
ela diz que em mim, só vê a dor



Por Amélia Maria Macedo

Letras Quinhoadas

1-A poesia mantém meu ser vivo
Das palavras, me alimento
Ao pensar já nem suspiro
Esse mundo é meu sustento

2-A poesia está em mim
Como eu estou em você
Numa paixão sem fim
Da carne e do saber

1-O saber que não se sabe
E de imaginar, me cansa
Não almejo a verdade
Sou ritmada pela dança

2-E nessa dança da ilusão
Tropeço na ignorância
Pelos erros da razão
Mergulhada em pura ânsia

1-Caminho nas horas do tempo
Anseio enojada a palavra
Da realidade pútrida me ausento
Me liberto dessa fala amargurada!

2-Tiro de mim as correntes do amor
Afasto de minh'alma a tortura
Livro-me dos dias de doce dor
Nos quais perdi-me em tua ternura

2-E nestas palavras dispersas
Perdidas, desprevenidas
Sinto minhas entranhas inversas
E minhas mãos iludidas

2-Por você, minha amada
Permuto por estradas invisíveis
Palavras de amor em serenada
Para dizer simples: somos invencíveis

Por Carol e Cora

terça-feira, 10 de março de 2009

Inventório

eu acho que estou inventando paixões, pra me distrair

Ouvi suspiros naquela tarde,
senti desejos...

segunda-feira, 2 de março de 2009

Posso dizer?

Julga-se livre à intensidade do almejo
Se é o que se quer, e em nada, o desprezo
Liberta-se da fôrma que nem existe mais
Esconde-se do exato; procura-se a paz

Perde-se a veracidade
pois ela não pode ser vista
E a imagem que nega a verdade,
é aquela vontade não dita

Feições de desprezo e espanto,
a mudança do preto pro branco
E, torna-se um fardo insistente,
só se vê o mesmo tolo e delinquente

Direito não temos, amigo
A liberdade se escapoliu
Forçá-la enfrenta o perigo
perceba: o mundo caiu.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

BUM!

A censura não permite a sua apreciação
a vontade passa ao lado do perfume da emoção
caminhe com as borboletas, e veja o sol se pôr
depois sente-se na calçada, perguntando se isso é amor

se deixe levar pelos momentos, a brisa forte no coração
e depois de um tempo bizarro, aja sem nem ter razão
sinta acordes pulsantes nos ares, e mãos sujas à devanear
esse tempo é longo, e eu nem sequer sinto a hora passar

será que foi amor, todo esse tempo?
será uma ilusão? nunca, penso e me deito
será o ideal, andando na contra mão?
ou será a sua alma não digna do meu perdão?


sábado, 21 de fevereiro de 2009

Repetidamente

"Se eu não te amasse tanto, não existiriam motivos para a descontentação" - ele disse.

E ela suspirou, sem ao menos averiguar o que havia sido dito.

"Fica comigo?" - ela o indagou.

"Para sempre" - disse ele beijando-a na testa.

As lágrimas se secavam à medida em que um beijo fazia pulsar o coração.

E as duas últimas palavras ditas, tornaram mais veloz a pulsação.

Olhos se beijam, e as bocas a se olhar, e o desejo de ficar, de amar.

Uma Certa Cora

Corra Cora, olha a hora!
O trem já vai passar
Oh Cora, não se vá embora
Fique até o Sol raiar

Oh Cora, sonhe bem alto
um dia, acordará num salto
Vai menina, troque essa roupa
Não saia assim, sua hippie louca

Indefinível Cora,
não se vá em boa hora!
Ilumine minha alma
Fique perto, anseie calma

Exótica e forasteira,
Cora, menina-mulher guerreira
Transborda alegria, exala beleza
Senta no bar e bebe cerveja

Delírios com um lápis na mão
Loucura certa, à medida da emoção
Cora, sua mente é insana
suas idéias me levam ao nirvana!

Não perceptível pela estatura,
mas o que importa?
Perfeita e belíssima, uma moldura
Quando está perto, conforta

Oh Cora, me vês apaixonada
À medida em que olho o seu ser
Ah Cora, estou alucinada
com sua mente graciosa do saber

Corra Cora, corra
o trem já vai passar
Corra Cora, corra
mas se quiser, pode ficar!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Exatidão Recatada

Ah! Tal raiva desperta
soar eminente, um alerta
e se camufla em versos que agem;
Quisera eu ter tal coragem!

Acate o meu almejo
Aprecie o que vejo
Sinta o timbre d'minha dicção
Confie, em nada há razão

Eleve-se à mais alta melodia
Como Bach em D Menor, ilustre sinfonia
Não presuma a mediocridade
Importune a vida à verdade

Contemple serenamente em sua filosofia
Seja veloz, busque em si a sintonia
Lucile bruscamente, a cada instante
E quando a paz não encontrar, apenas cante.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Mel e Limão

Venho do mel mais doce,

mas não me teste

Venho do sonho mais louco,

mas não me acorde

Venho d'um mundo irreal,

não desiluda

Venho de uma história passada,

mas tudo muda.


Sou doce e cruel

é azedo, meu coração

e minha alma é quente

sou um chá de mel com limão.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Canto da Figueira

As idéias vêm à nossa mente
Exageramos, blefamos, mentimos
Atiçamos nossos sonhos delinquentes
A realidade, inibimos.

A paixão nos leva ao Nirvana
Sua melodia tão fina...
E essa visão tão insana
Tão doce, tão bela: cretina.

Dançamos o canto do Poeta
Gritamos os versos do desespero
E a ilusão novamente desperta
Avisto você, mensageiro

Nossos olhos vêem além do ordinário
Nossas mãos despertam o desconhecido
Vemos além de ti nesse cenário
Não vivemos em teu mundo falecido!

As mãos são máquinas a devanear
Os versos são farsas que difamamos
Teus olhos enxergam o que se deve negar
A teus sonhos e ameaças, louvamos

E em tua mentira, deliramos
És tu mensageiro, soberano
E teu universo podre ignoramos
Toda crença, toda vida, todo ano

Venha mensageiro, dê-nos tua mão suja
Esqueça essa realidade pervertida
Da realidade pútrida, fuja!
E traga sua razão esquecida

Dance o ritmo da loucura
Acredite em nossa ilusão verdadeira
Esqueça de tua vida a amargura
Colha o fruto inexistente da figueira!





Por Carol e Cora.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Mundo Tomador de Tempo

Borboletas verdes no jardim
Gnomos rosas a pular
Um arco-íris lá no fim
lá aonde eu queria estar

Vejo nuvens amarelas
e gotas de neve caindo
e as violetas mais belas
enquanto avisto você sorrindo

Percebo um vento bem forte
e corro para algum lugar
olho e avisto a morte
mas ela não vem me buscar

Um dragão vermelho e dourado
observo diante à montanha
e com um olhar delicado
ele me olha, e me ganha

Corro em direção ao mar
e algo percebo nos ares
isso nunca vai acabar
é a Fada Verde dos Mares

Começo a sentir a magia
Um pó cai sobre minha veste
O meu olhar transborda alegria
e escuto alguém dizer "peste"

Os gritos e a interferência
são como ímãs pra mim
É preciso de muita paciência
Se isto é louco? Ah, sim

Peixes fora do aquário
voam como um pequeno pássaro
e um cachorro lendário
entra no mesmo cenário

Uma música soa e encanta
os lírios desmancham no ar
a moça indaga à planta
e o gato se dá a cantar

A planta responde à frieza
e chega então a rainha
"A que devo a honra alteza?"
pergunta a rosa vizinha

Árvores dançam e cantam
e as flores só querem pular
e um homem beija uma boca
que porventura quisera amar

Essa loucura é tão insana
que duvido que um dia eu vi
então abro os olhos e vejo na cama
As duas garrafas de gin que bebi.

Uma Vida

Minha vida.
Uma vida minha.
Não deixe-me cair
Agora, e nem nunca mais

Dessa vez, nessa hora
é hora de fazer o correto
E mesmo com a demora
é melhor pensar no certo

Insanidade,
uma faca
e aquela vontade
e aí, a realidade

Uma vida,
a vida que é minha
não me deixe cair nunca mais
na vontade, de não ter a realidade

Viva a verdade,
e encare a crueldade
sofra, sofra e viva
porque no final; Felicidade.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Paciência Duradoura

Frases mal formuladas
voz desgostosa de ouvir
olhar irritado, desgraça
o que faço pra te ver sorrir?

Paciência ilimitada
a minha, pois te quero amor
e esse jeito me deixa frustrada
mas não digo, e em silêncio, a dor

Eu grito em silêncio
porque não tenho forças
Eu choro por dentro
em silêncio por estar rouca

Quero almejar-te o bem
penso me entretendo com um tesoura
Igual à mim não haverá alguém
com essa paciência duradoura.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Dúvida Certa

Minha mãe, não soube me dizer sim
Meu pai, não soube me dizer não
Por isso sou assim,
um vai e vem de incertezas

A minha vida inteira,
eu precisei de alguém.
Alguém para me dizer "talvez",
E aí, você apareceu

Na hora mais errada,
em um lugar incerto
mas o alguém mais certo,
e o seu truque esperto

Uso de problemas
cúmplices no lugar
e a vontade e o talvez
de te beijar, e te amar

Acaso, as minhas dúvidas
porventura serem incertas
você é a dúvida certa
você é a certeza correta.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sem Inspiração

O que fazer,

quando não se sabe o que escrever?

Como entreter,

se nem eu tenho prazer?



Jogam-se palavras,

e montam-se frases esdrúxulas

Poesias dilaceradas

Palavras mil, mas idéias fulas



Uma mente aberta

cheia de desejo

e uma fala esperta

mas repleta de desprezo


Quero expressão

sem dizer o que sinto

Quero a satisfação

mas saiba, eu minto


Toda poeta o faz,

mas por um bom motivo

aquele que quer a paz

aquele que inveja um sorriso.

Blues


O Sol bate na minha pele clara e sem proteção
Mergulho n'água, e deixo-me levar pelas pequenas ondas
Deixo-me levar pela água
Mergulho numa onda de reflexões e pensamentos muito complexos
Abro os olhos, nada vejo
Minto. Vejo o azul.
O azul da água que predomina nos meus olhos
Calma. Tranqüilidade, serenidade.
Me sinto bem. Me sinto azul.
Mesmo com essa calmaria.
A minha alma nunca negaria
a frieza de minhas palavras
e a tristeza no meu coração
e na última estação, uma luz
Hoje me sinto Blues.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Crise

É fútil, e inútil
tudo o que vemos
não me digo diferente,
mas me digo consciente

É inconsequente, o mundo como está
é tão insano, que eu nem sei como lidar
a crise aí, e o mundo abalado
nem sei, sou só mais uma desse lado

Perfumes caros,
bolsas Louis Vuitton
marcas chiques de cigarros
hospedagem em hoteis Bourbon

O inocente, retardado
gasta sem nem o ter
e esse tolo é derrotado
passando a perceber

A queda é inevitável
o mundo inteiro a chorar
e ocorre o impensável
ninguem sabe solucionar!

domingo, 4 de janeiro de 2009

Leonardo

Ao seu lado,
eu desvendei um mistério
escrevia todos os dias
o segredo da paixão.
descobri a melodia,
que almejas com tom da sua voz
descobri os olhos pensantes
que sempre tive na estante,
num livro de um filósofo
que nunca li
notei os corpos dançantes,
à meia-noite num luar picante
seu jeito alucinógeno
seu rosto amargurado, sem motivo
sua boca ao desbocar comigo
nossos tempos de amigo
disso tudo, eu vou me lembrar
aprendi que a vida, se vive
você me mostrou quem eu sou
e quão boa eu posso ser,
e o quanto é bom ter vontade de viver

Enfim,
eu encontrei o meu paraíso
no meio desse inferno.



Para: Leonardo

Mediocre Perdão

Loucura momentânea,
coração acelerado, mentiras
Refúgio: as drogas
Sem vontade, sem você,
não há vontade para viver
Um perdão miserável,
vou me redimir
sem você,
não há razão nem pra sorrir
Fica comigo,
não se vá agora.
Fica mais um pouco,
isso não demora
só mais algumas palavras
serão palavras sábias,
de alguém que já errou muito,
e está aprendendo a viver
é difícil viver sozinha
ficar na minha
dias e dias
Uma desculpa ridícula,
sem nem explicação
mas não faça dessa maneira
senão tudo será em vão
Homens erram,
e passam na floricultura
se não estiver aberta
no mercado do final da rua
compra-se uma caixa cheia de chocolates,
e entrega-se para a amada
como se fizesse parte.
Mulheres erram,
e...
Não sei o que fazem.
Me sinto perdida, perdida
num desencontro de rima
Não rimo nem um poema,
que queria dedicar-lhe
mas você vale à pena
palavras pobres,
sem rimas nobres
frases soam no ouvido
mesmo sem nenhum sentido
me perdoa e entre pela porta,
assim fico tranqüila
e, termino essa rima torta.



de Carolina, para Leonardo.
É ridículo e estúpido. Mas é o que eu sei fazer. Aceita essa mediocridade.
Eu te amo, muito.
Beijo,
Cá.

Duas Palavras


Para algumas, rosas

para outras, chocolate

Para aquelas, vinho tinto australiano

Para qualquer uma, um simples adeus

Para mim, apenas duas palavras