quinta-feira, 12 de março de 2009

Funesto Vazio

Tediosa semana, não passa
O relógio assemelha-se frio
Maldito tempo, hora vasta
Leve de mim o funesto vazio

A solidão num copo d'água imersa
Refletida no vago olhar
A vida me olha e depreza
Não penso e nem ouso parar

Sou filósofa, médica e poeta
Temo na medida do pensar
Incessantemente, a mente aberta
Penso para logo indagar

Invento paixões que distraem
Matuto até algum fim
E os sonhos desmancham e caem
E a tirania prevalece, mesmo assim

Me olho no espelho e vejo
Existe um outro em mim
Lápis e mente, lampejo
Porventura delíro em Manfrim

Meu nome pergunto à Rosa
vermelha, de perfume encantador
e com voz delicada e tenebrosa
ela diz que em mim, só vê a dor



Por Amélia Maria Macedo

Letras Quinhoadas

1-A poesia mantém meu ser vivo
Das palavras, me alimento
Ao pensar já nem suspiro
Esse mundo é meu sustento

2-A poesia está em mim
Como eu estou em você
Numa paixão sem fim
Da carne e do saber

1-O saber que não se sabe
E de imaginar, me cansa
Não almejo a verdade
Sou ritmada pela dança

2-E nessa dança da ilusão
Tropeço na ignorância
Pelos erros da razão
Mergulhada em pura ânsia

1-Caminho nas horas do tempo
Anseio enojada a palavra
Da realidade pútrida me ausento
Me liberto dessa fala amargurada!

2-Tiro de mim as correntes do amor
Afasto de minh'alma a tortura
Livro-me dos dias de doce dor
Nos quais perdi-me em tua ternura

2-E nestas palavras dispersas
Perdidas, desprevenidas
Sinto minhas entranhas inversas
E minhas mãos iludidas

2-Por você, minha amada
Permuto por estradas invisíveis
Palavras de amor em serenada
Para dizer simples: somos invencíveis

Por Carol e Cora

terça-feira, 10 de março de 2009

Inventório

eu acho que estou inventando paixões, pra me distrair

Ouvi suspiros naquela tarde,
senti desejos...