terça-feira, 16 de novembro de 2010

Fluttery

Afinal, o que dói mais?
Amar e não ser amado de volta,
ou simplesmente não ter a quem amar?

Amar, e sofrer por amar?
Amar, e não ser recíproco?
Amar, e se decepcionar?
Ou... não ter a quem amar?

Amar, amor, amar!
Dói tanto...
Mas dói ainda mais não sentir essa dor!
A dor que caminha junto ao amor...

Fluttery.

domingo, 17 de outubro de 2010

Borboletas

E daí, que eu faço rolê com meus amigos? E a maioria, é do sexo masculino...
E daí, que eu fumo um cigarro depois do almoço, e outro depois do sexo?
E daí, que quando estou sozinha, coloco Led Zeppelin no último volume, e canto nua em frente a um espelho?
E daí, que duas vezes por semana, eu jogo bola na faculdade?-E não, não é vôlei nem hand, é futebol mesmo...
E daí, que eu falo gírias e de vez em quando grito alguns palavrões??
E daí que eu prefiro cerveja a caipirinha, e whisky a vodka?
E daí?
E daí, que eu faço tudo isso e mesmo assim, faltam maneiras de me expressar?
E mesmo fazendo tudo isso... eu sou mulher, eu sou menina!
Sim, eu gosto de ficar juntinho, eu gosto de ganhar flores, eu gosto de poemas, e choro em filmes "água com açúcar"...
E o mais importante de tudo isso... eu tenho um coração. E a cada dia, ele bate mais forte, e meu estômago embrulha... e eu sinto borboletas voando dentro de mim.
E não, dessa vez não usei nenhuma droga ilícita... Na verdade estou louca mesmo... mas e daí? Não quero que as borboletas me abandonem jamais, essa é a melhor sensação que senti nos últimos meses... Quero essa loucura eternamente!



segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Paranoia

Não é por mim
Se fosse, eu saberia

Se fosse, me arrepiaria.
Mas não. Não é por mim.

Eu sei que é, mas não por mim.
Talvez outros, tolos...
Mas este não. Não por mim.
Por outra talvez, menos por mim.

Na verdade, não sei
se é, se não é
se é por mim, se é outro alguém
ou se simplesmente não é nada...

Talvez seja alguma coisa,
pelos pensamentos incessantes
talvez não seja nada,
pelo silêncio no instante

Talvez seja tudo, disfarçando o detalhe
que aparece no sorriso,
daquele que desprezo por querer
mas não, "não quero mais" - tento me dizer

E vai, acelerando o ritmo louco
das perguntas impossíveis
que nem o mais sábio saberá responder
e por ódio, gritará à multidão

E sem saber, até o momento
vou vivendo, e continuo
nesse vai e vem de incertezas
no ritmo que não acompanha a melodia...





segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Touro

Cai o touro
Caio touro
Caiotouro
CaioTouro
Caio Touro

Acredita agora que o blog é meu?

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dont's. (Parte 1)

Eu não queria contar assim, o que pra mim, causou tanto desespero. Porém, desde que me conheço por gente, coloco o que me assusta num papel, e não vai ser dessa vez que vou fazer diferente. Mesmo que essa vez, tenha sido distinta de toda minha vida. Eu não li o medo, nem assisti a ele. Eu vivi o medo. Eu senti meus pêlos eriçados. Eu senti meu corpo tremendo. Eu me vi num filme de terror, onde a donzela fica cara a cara com o lobo mau, e o príncipe não pode salva-la por já estar morto. Ah, e é claro, a trilha sonora, que era apenas composta por gritos, de sofrimento e desespero. Será crueldade de minha parte contar a vocês? Hm... talvez. Porque aí sim, vocês saberão que o mal realmente existe, e que ele está em todos os cantos, em muitos dos gestos, em muitos encantos. Não será tão cruel, pois muitos de vocês não acreditarão em minhas singelas palavras. Caso contrário, nessa noite serei a vilã principal. Todavia, conhecendo o mal, sei bem que eu, ingênua que sou, jamais seria apta a tais absurdos, como induzir os piores pecados à mortais, trazendo a Lúcifer, mais associados, ao que chamamos de maneira extremamente leiga de INFERNO.

Era um dia qualquer, em um cidade qualquer. Realmente, nada disso importa. O que preciso enfatizar é que, a cidade era turística, e muito misteriosa, mas de um jeito que não me deixou curiosa a principio. O lugar era rústico, típica cidadezinha de interior. As pessoas pareciam tristes, mas mesmo assim, eram muito bonitas, e todas muito ricas. O tour para conhecer a cidade foi feito pelo mesmo monitor das outras cidades francesas, pois não havia ninguém disponível para nos explicar um pouco mais do lugar.
Meus pais tinham decidido fazer um segunda lua de mel, para a cidade natal de minha mãe, Lucca, na Itália. Eu e minhas irmãs Fleur e Victorine, ganhamos passagens, mas preferimos guardar o dinheiro, e fazer um tour pelo nosso país, a França. Morávamos em uma das maiores cidades francesas, Lyon. E por incrível que pareça, eu, Caterine, filha mais velha de Agnella e Serge, apenas deixará Lyon duas vezes. A primeira vez, fui visitar uma amiga em Paris, e a segunda vez foi quando fui para Inglaterra fazer um curso de inglês, numa cidade conhecida como Londres à beira mar, a incrível cidade de Brighton. Desde sempre quis conhecer meu país dessa maneira, fazendo um mochilão. Porém, nunca imaginei nos mistérios e nos perigos que estavam por vir.
Estranhamente, uma casa com aspecto abandonado, fazia parte da apresentação turística da tal cidade. Antes de qualquer pergunta, o monitor já se adiantou, e deu os seguintes conselhos
"Essa casa é conhecida como 'A Casa do Pecado', é uma loja de acessórios e roupas, das marcas mais almejadas do mundo. Entrem, observem, admirem, mas por favor, não toquem em nada. Se o desejo de comprar algum ítem da loja for muito grande, verifique o valor, deixe o dinheiro no caixa, e retire na saída". Achei aquilo muito estranho, mas obviamente tive medo de testar o joguinho do monitor. Principalmente depois de dar uma olhada ao redor, e perceber que, o caixa estava vazio, e não tinham vendedores na loja. Ninguém. Niguém para ajudar. Ninguém para efetuar as compras. Ninguém.
Meu coração começou a bater mais forte, então resolvi sair da ''loja'' para respirar um pouco. Respirei, respirei, respirei. Aí sim, me senti viva novamente. E de repente, senti um vazio enorme em meu peito, e só consegui pensar num nome... Victorine. Minha irmã caçula, viciada nas tais marcas de luxo. Senti um calafrio, e meus pêlos do braço estavam tão eriçados que pareciam furar meu casaco de algodão a Ralph Lauren. É. Realmente... entrar numa loja daquelas sem tocar e comprar nada, seria impossível para mim e minhas irmãs. Chamei-as, e decidimos juntas que cada uma teria direito a uma compra. Minha preocupação era Victorine, afobada do jeito que era, acabar tocando, sem querer, em algum pertence da loja. Perto da conclusão do meu pensamento, fui interrompida por gritos. Ah sim. Alguém teria tocado em algo. Gelei. E já pensei em Victorine morta. Fui até o caixa correndo, nem senti o medo. Olhei para o lado esquerdo, e encontrei. Algo que era suspeito, mas que eu preferiria não ter visto com meus próprios olhos, para então, aquilo tudo poder ficar para mim como uma historinha de monitor de viagem. Porém esse pedido se tornou INVIÁVEL.
A cada segundo passado, a história que no começo interpretei como piada, chegava mais perto de um conto de terror. Alí, no canto esquerdo, o qual eu senti calafrios, notei inúmeros cadáveres, e todos com algum pertence luxuoso em mãos. Olhei para o centro da loja, e observei Victorine, ficando na pontinha do pé para tentar tocar em alguma coisa de cima. Gritei, sem nem pensar no que poderia me acontecer "VICTORINE! NÃO TOQUE EM NADA!", ela se assustou com meu grito, e desiquilibrou-se, caindo para trás e derrubando uma estante.
Meu medo já me possuia por completo, e a luz se apagou, como se fosse algo planejado. Gritos enfraqueciam meus ouvidos, e meu estômago, roncava como se não dormisse há anos.
[A CONTINUAR]

segunda-feira, 1 de março de 2010

Más Influências

Jogam-me de um lado para o outro, pois nem eles sabem para onde devem seguir.

Ignorantes gritam críticas e opinam de maneira subversiva, a qual meus ouvidos assemelham aos

ruídos vindos do inferno, ou até mesmo ao estrondo do fim do mundo, no qual infelizmente

vivemos.

Os tais gritos que ecoam em minha mente tornam-se incessantes, e por tão lamentáveis e

desprezíveis, passo a julgá-los como minha verdade absoluta, todavia apenas por instantes.

O barulho é amenizado, pois ele nunca se cessa, então consigo pensar. Ah, mas quando penso...

quando penso, me odeio!!, pois enxergo minha tolice por não tolerar o insuportável, e acabo o

aceitando como veracidade.

Não há verdade nesse caso meu, pois o bem é o mal, e o mal é o bem, isso quando eles

não resolvem ser pura e simplesmente eles mesmos. Não se sabe qual é qual em cada

momento distinto. Só se sabe que os dois jogam de lados opostos, e ambos lutam por minh'alma.

Escuto irritada, mas serena os dois lados da moeda, mesmo sem saber quem é quem. Eu nunca

sei.

Enlouqueço à medida que cada sílaba junta-se a outra e formam então, palavras que me

desnorteiam, e caracterizam-me. Aliás, meus vários "eus" são minha marca principal, por

toda essa influência, dos lados, que regem minha vida e minha maneira de pensar. Não! Não sou

assim, pelo menos agora não, daqui alguns segundos, posso mudar, e não ser mais assim. Pois eu

sou assim, várias mentes em um só corpo, várias ideias em uma só mente.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Da Varanda do Quarto Andar

Era uma noite comum, daquelas que a lua está tão grande, que a cada vez que você olha pro céu, ela parece te engolir. Esperei meus pais irem pra cama, para poder fazer o que eu sempre fazia. Todas as noites era a mesma coisa, e mesmo aquela sendo uma noite comum, não era uma noite qualquer, e parecia distinta de toda minha vida. Tranquei a porta do meu quarto, abri a varanda, e ali eu me sentei com meu maço de cigarro e meu copo de Whisky sem gelo, e ao meu lado, um violão antigo. Com ele, eu não precisava abrir a boca para dizer sequer uma palavra, as notas soavam e diziam por mim, e apenas quando era extremamente necessário, eu cantava as palavras que enfeitavam um cenário qualquer. Era sempre igual. A paisagem, os carros, as buzinas, até os bêbados que passavam na minha rua de vez em quando. Eu morava no quarto andar, então eu conseguia ver e escutar praticamente tudo, ouvia até as conversas do jornaleiro com o porteiro do meu prédio, quando ele passava no meio da madrugada para entregar os jornais, e era sempre a mesma história. O meu porteiro perguntava pro jornaleiro sobre a vizinha da tia dele, que por acaso tinha o mesmo nome que eu, então sempre que ele perguntava, eu acabava me desligando um pouco do meu próprio universo. Eu ouvia e dava aquele pulinho de susto. Aquele que quando você está meio sonolento e chamam teu nome você dá assustada.
Uma vez, a conversa dos dois foi tão intensa, que larguei meu violão num canto, e fiquei apenas escutando, enquanto fumava um cigarro atrás do outro... não era uma conversa comum, eles pareciam conversar por metáforas, códigos... Quem sabe a tal da dona que tinha o mesmo nome que eu não servisse como alerta, uma mensagem, não sei, talvez até para dizer que eu estava na sacada prestando atenção nos dois. Afinal, quem é que vai perguntar sobre a vizinha da tia de alguém? Não faz sentido nenhum. Por um instante eu tive medo, mas aí me lembrei que o segundo copo de whisky já podia me causar alucinações, acendi mais um cigarro e me tranqüilizei. Naquela noite o jornaleiro ainda não havia passado, e a noite estava mais calma do que nunca, nem carros passavam pela rua, talvez porque era feriado, todo mundo devia estar viajando, não sei. Decidi levantar do chão um pouco para dar uma espiada na rua. Olhei pro posto do porteiro, e ele não estava lá, então me debrucei na sacada para espiar ainda mais de perto, mas ele havia sumido, não achava em nenhum lugar... entrei no meu quarto pra procurar um binóculo. Nem sei pra que. Eu sabia que eu não tinha um e mesmo assim gastei uns 3 minutos na procura. Aí, tive a brilhante idéia de usar minha máquina fotográfica, que tinha lentes geniais que aproximavam bem. Voltei pra varanda, dei o máximo de zoom que pude e fui passando a câmera lentamente por todas as partes, inclusive pela rua, que foi aonde eu percebi movimentos, resolvi fotografar. Fui analisar a foto na maquina mesmo, mas não tive sucesso na imagem, então resolvi joga-la no computador, para poder ampliar e averiguar o objeto não identificado que encontrei em movimento nas partes mais escuras da rua. Abri a foto e mexi nela com alguns programas para a imagem ficar mais nítida e clara... aí, eu vi... algo que acontecia com muita freqüência, com absoluta certeza, principalmente pelo jeito que estava sendo feito, silencioso, rápido, aterrorizante, me falta coragem para contar o que eu vi. Me falta coragem de continuar vivendo no mesmo lugar. Como se eu pudesse fugir... Em qualquer lugar vou encontrar isso, ou quem sabe algo até pior... Eu nem chorei, nem ri. Fiquei paralisada, sem ação, acendi outro cigarro, e acabei virando meu whisky, nem pensei...


[continua...]

sábado, 2 de janeiro de 2010

O fim

Já se foi aquele tempo
Inevitável como o vento
Morri de amor, apenas
Olhei-te , meu tormento
Respirei, olhei estrelas
Realizei o sonho mais profundo
Imaginem só, que sujo, o mundo
Sereno, não me permitiu
Olvidar o seu olhar
Não bastou, almejei matar

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010

é docinha, docinha, docinha.
não dormi a noite inteira,
só fiquei acordada
Bela desadormecida
só fiquei alucinada,
feliz ano novo, que louco
seja