Nada posso,
tudo a mim é proibido
nada posso, vá embora caro amigo
Não posso nem de sua companhia usufruir
Não posso, porque de ti, nada há de fluir
Para outros, pense bem,
pois pra mim, até o mendigo o tem
Mais do que eles tem,
bem mais do que eles chamam de bens
Tem na mente, a sabedoria, que transborda
Tem na alma a delícia do viver, que aborda
Tem no sonho, mil estórias que desenrolam
no decorrer da noite e no decorrer da vida, sonham
Rolam por esquinas de uma mente perturbada
se esquivam por metades de uma rua que me assusta
Se perde, no mesmo caminho que já conhece
Depara-se então com a vida,
e a mesma melodia, segue num ritmo sinfônico
de uma alma complicada, apreendida
Segue e se esquece,
de tudo pelo que passou,
segue feliz,
é o que sei.