sábado, 2 de janeiro de 2010

O fim

Já se foi aquele tempo
Inevitável como o vento
Morri de amor, apenas
Olhei-te , meu tormento
Respirei, olhei estrelas
Realizei o sonho mais profundo
Imaginem só, que sujo, o mundo
Sereno, não me permitiu
Olvidar o seu olhar
Não bastou, almejei matar

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010

é docinha, docinha, docinha.
não dormi a noite inteira,
só fiquei acordada
Bela desadormecida
só fiquei alucinada,
feliz ano novo, que louco
seja

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A verdade

O medo é do silêncio perturbador, que por ser tão silencioso, chega a ecoar com raios, trovões e barulhos semelhantes aos do final do mundo. Que aliás, não está para acontecer, pois já foi.
Os suspiros e rangidos, não perdurarão, pois não passarão de efeitos sonoros, que se juntam para a formação de uma onda. A onda que se forma apenas de estrondos ensurdecedores e psicóticos, que entram pela porta sem bater, e invadem sua alma. E aí, ele parece. Logo em seguida, de imediato. Ele aparece e convida, de maneira admirável, e não lhe resta chance nem sequer dignidade para ser recusado. Ele ganha, é inevitável. Todavia, minh'alma não sofrera abalos, pois a mantenho presa, à sete chaves, junto de uma caixa onde guardei a minha dor, para não sentir mais nada. Ele me envolve, mas não sinto, ele procura, mas me escondo, ele me olha, mas eu minto, finjo. Eu sou atriz. Eu finjo não almejar, eu finjo sonhar, e pretendo continuar assim, ensaiando a cada instante, interpretando a cada dia, e aplaudindo a cada final extraordinário que o espetáculo sufocante e maravilhoso que a vida é, proporcionar a cada um de nós. E assim, eu poderia descansar em paz, ou simplesmente, viver toda mentira da vida novamente.