Não procuro contradições
Encontro-me louca diante o desprezo
a palavras temidas escondem ações
Horas vagas assemelhadas ao frio
sobem aos ares à contemplar
E os pensamentos, incessantes vazios
Juntam-se às horas, navegam no ar
Mas que vida escura, ô lerê...
Escassa de ternura, ô lará...
Decepção, agonia, desamor
Essa dor. Vai passar?
Penetrando-se vai, o amor
Sujando de vez a tal dor
Espalhando-se vai, le pardon
Quedando-se vai, hm, l'amour!
Vou sambando, sonhando
confetiando o amar
Pois eu, modéstia à parte
nasci só prá sambar!
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