sábado, 23 de maio de 2009

À Tona

Veja só, como tudo passou depressa
Já não me recordo de tua feição
E fique sabendo, não almejo lembrar-te
Elocumbrastes minh'alma, não és digno do perdão

Insististes na errônea
O desamor, óh desamor, um desalento
Cantastes a meloncolia desse amor
e despertastes em mim incessa dor

Me tornastes informosa, na breve escuridão
Óh me bem, calastes meus mais belos versos
E se perguntares se te amarei, gritarei à multidão
E termininarei no escuro, com seus olhos perversos

Contraditório

Menina, porque queres um Deus, 
se vives tua vida de maneira tão certa? 
Se tudo já tens, não crês que estás completa?
Porque esse tal Deus te faz tão incerta?

Menina, se o queres tanto
Dance e cante o hino ao céu
Chore, mas não fique em pranto
A melodia será doce como mel

O Deus que queres, ao certo não existe
um Deus que dance, como disse Nietzsche
É só uma loucura, incessantemente insana
e quando cantá-la, alcançará o Nirvana

Carly

Pelo ralo se foi, toda a delicadeza
toda meiguice, e de um ser, a real impureza
E no ralo, se foi, só se foi
Sem nem se quer esperar um pouco,
pra chegar nesse meu calor
que exala vida e suspiros de amor
Pelo ralo se foi, óh crueldade
É essa vida cheia de maldade
Que fazer nessa hora repleta de dor?
Sentar-me num canto, e ler a versos de amor